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Poesia, função da linguagem e não do vivido ù mas arte do silêncio enão da palavra ù o paradoxo da criação poética: dizer o indizível ùtodo o poema diz a sua própria impotência, sendo este o seuincomparável poder ù Ruy Belo e o bilinguismo formal da poesia ùverdade poética e verdade lógica: o excesso de ser no ser ou o realpara lá do real ù o exemplo do lirismo: não há poesia subjectiva ù opoema, linguagem fora de si: heterogénese da língua como pintura ecomo música ù a questão da imagem poética: estatuto ontológico, e nãoliterário, dessa imagem ù não há metáforas na poesia, a poesia éanti-metáfora ù Herberto Helder e Manuel António Pina como exemplos da não-metaforicidade da poesia ù porque é que raros autores quepublicam poemas podem considerar-se poetas. «Um poema é sempre mais do que um poema: é uma poética, uma ideia de arte poética. Cada poema éjá um conceito do poético, já uma resposta à questão: o que é apoesia? Não há como os poetas para nos dizer o que poesia quer dizer,mas é nos próprios poemas ù na noção implícita de poema, oueventualmente explícita em termos ainda assim (meta)poéticos ù que seencontra o pensamento «estético» dos poetas. É com efeito frequente os poemas de um poeta serem tudo o que ele pensa, tudo o que eleescreve, «sobre» poesia. «Pergunto como se escreve o poema? E aresposta possível / é escrever o poema» (Nuno Júdice, O estado doscampos). Sucede no entanto um grande poeta escrever textos de teoriaou de crítica literária que de certo modo fazem parte da sua obrapoética, na medida em que constituem a auto-expressão teórica dessaobra, ou a sua passagem para um plano de doutrina estética. É o casoentre nós, de todos o mais conhecido, de Fernando Pessoa. Mas é também o caso, por exemplo, de Ruy Belo.» [Sousa Dias]