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O tema do livro é a crise da razăo moderna a partir da crise do fundamento e suas relaçőes de definiçăo e legitimaçăo com a natureza, com a epistemologia e com o poder político e jurídico. Nossa hipótese é a de que a modernidade é um projeto civilizatório normativo, universal e único baseado em um fundamento que tem cinco funçőes: metafísica, epistemológica, antropológica, metodológica, política e jurídica. Hobbes é o exemplo privilegiado do fundamento definidor e legitimador da modernidade e dos escândalos de suas relaçőes com as cięncias política e jurídica. A linguagem paradigmática criada por Hobbes a respeito do fundamento metafísico do poder político e jurídico é criticada pelo pensamento de Heidegger e de Agamben. O primeiro possibilita uma releitura da tradiçăo ocidental desde a história do esquecimento do ser, possibilitando um novo pensar e um novo dizer. O segundo, através de uma redefinçăo da metafísica e da linguagem do fundamento moderno, possibilita novos começos na ética, na política, no direito, na história e na comunidade. O resultado é pensar desde novos começos a problemática modernidade no Brasil. O público alvo săo profissionais do direito e da filosofia.